top of page

Venturis Ventis - CAPA • INFRA DISTRITO FEDERAL


Se o tempo, para o Distrito Federal, como quer o slogan de governo, “É tempo de ação”, os ventos que sopram nas regiões da Capital, são os ventos da mudança. Chegaram, enfim, ao que se percebe, as proféticas lufadas que haveriam de vir, como na divisa latina de seu brasão, que emprestamos aqui como título. E tudo por obra da obstinação. Da visão de um conjunto de pessoas que atua como um time bem montado, dentro de um esquema tático que, se não é inovador, está passando pela prova dos dias, meses e anos, como extremamente competente e realizador. “E tudo por obra”, como dissemos, é uma interpretação que suplanta a mera figura de linguagem, pois a gestão Ibaneis, devolveu ao DF um tipo de vibração que está impregnada em sua gênese: a de um dinâmico, movimentado e extremamente ativo canteiro, com empreendimentos espalhados por todos os seus quadrantes, como também indica, a cruz de ouro no campo verde sobre a flâmula branca de sua bandeira.


A história do Distrito Federal e da cidade de Brasília são, na verdade, um épico brasileiro. Com todos os componentes necessários para refletir a grande aventura humana. Elementos como o desconhecido, os riscos, as posições firmes dos líderes diante das crises, e o carisma de um protagonista ao mesmo tempo inteligente, determinado e jovial, são os ingredientes que dão sabor e cor, afinal ao compêndio de contos que compõem a narrativa de nossa capital nacional. Metrópole legado, de urbes conurbadas, a realidade do DF evoluiu. Evoluiu com o Brasil, na louca dança dos tempos, e virou uma metrópole contemporânea de seu tempo, ainda que preserve – para sempre - sua aura futurista. E se houve evolução, evidentemente, há novos desafios divisados no horizonte, pelos homens e mulheres que devem, assim como seus antecessores, encontrar maneiras de conduzi-la à sua atualidade, sem perder de vista a preparação para o que virá. E aqui talvez, o que difere as muitas administrações pelas quais o DF passou: as que buscaram inspiração nos pioneiros, costumeiramente prosperaram em trazer avanços. E isto nos leva à um traçado ideal – tal qual o previsto no projeto arquitetônico – de um perfil desejável, dotado de suficiente estofo e destemor para tocar em frente as evoluções necessárias – e via de regra, nunca fáceis de serem empreendidas, especialmente em um cenário tão sensível quanto a joia do cerrado. No salto cronológico que daremos, de 1960 à 2023, Rodovias&Vias testemunhou uma breve sensação do que poderia ter sentido um visitante durante os “anos heroicos” da construção. Reverberando o passado, trazendo-o ao presente, as máquinas se movimentam em um balé de titãs, coordenado por inteligência e planejamento. E mais uma vez a coragem e a força de vontade, como disse certa vez um operador do direto, se fez necessária para fazer o que era preciso. E era preciso avançar. E era preciso evoluir. E era preciso transformar. Líder incontestável e sem dúvida o mentor desta transformação, o atual chefe do executivo do Governo do Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha, como excelente causídico que é, não desapontou em suas sustentações retóricas para pôr em termos, as enormes mudanças: “Muitas vezes as pessoas questionam por que tantas obras na cidade. Nós temos que melhorar a infraestrutura como um todo, com isso a gente melhora a mobilidade e o tempo de atendimento das comunidades do Distrito Federal, fazendo com que as famílias cheguem mais cedo do seu trabalho e tenham mais tempo pra curtir a sua casa”. Em outro momento, ele ressaltou: “O DF está em obras e sabemos que elas causam transtorno. Em nome de toda nossa equipe, peço desculpas por isso, mas todo esse trabalho é pelo bem de todos”, afirmou o governador em outra ocasião, acrescentando ainda: “Estamos atentos aos problemas, monitorando os congestionamentos e adotando medidas para aliviar o trânsito na Estrutural, EPNB, EPIG, EPTG, Pistão Sul e outras grandes vias. Peço paciência, porque em pouco tempo essas obras vão trazer inúmeros benefícios. Aliás, já estamos colhendo os resultados com algumas entregas, a exemplo do Túnel de Taguatinga e dos viadutos do Recanto das Emas/Riacho Fundo II e de Sobradinho, demandas antigas que melhoraram a vida de milhares de pessoas e nos ajudaram, junto de outras centenas de obras, a gerar 30 mil empregos”, disse o governador. “Somente na Estrutural, por exemplo, estamos investindo R$ 55 milhões para trocar o pavimento dos 13 km de cada sentido da via. Essa obra vai beneficiar mais de 100 mil motoristas diariamente”, avaliou, resumindo: “Todas elas (as obras) são uma resposta aos anos e anos sem investimento no DF, que resultaram inclusive na queda de um viaduto em 2018”, lembrou. “Nossa capital não podia permanecer no descaso e por isso trabalhamos para mudar essa lógica, investindo na infraestrutura”, arrematando: “um novo DF está surgindo dessas obras”. Figura central nos esforços do governo do GDF, e também, à seu tempo, uma comandante firme em momentos de crise, a Vice – Governadora Celina Leão, que também ilustra as páginas de Rodovias&Vias neste número em entrevista, permite um entendimento mais completo de como uma equipe alinhada se forma sob um ideário que é compartilhado de forma muito franca e objetiva: “. Nós sabemos que estes são trabalhos muito pesados, que influenciam a vida das pessoas enquanto estão acontecendo. ainda que o volume de obras chame a atenção a ponto de virem comentar com a gente, sabemos que ainda é pouco. Temos muitos desafios ainda. Não podemos conceber, ainda, viagens que levem 2, 3 horas em horários de pico. Além disso, nós estamos aproveitando para melhorar a resiliência do DF quanto às enchentes, investindo pesadamente em drenagens e escoamento de águas pluviais, com aportes maciços”, declarou à este periódico, explanando outras disciplinas que estão sendo atacadas pelo GDF, notadamente, no caso do controle das águas, pela Terracap, lembrando ainda que: “uma melhoria que se entrega, já demonstra a necessidade de fazer outros investimentos adiante, de uma maneira cíclica. E essa é, enfim, a marca de um governo que faz, que realiza”, afirmou a Vice governadora. O que nos leva à relembrar mais uma frase constante no verdadeiro “manual” de gestão pública, e, por que não, de lições de vida, escrito por JK e ao qual nos referimos aqui, para organizar esta reportagem.


Objetivo, estratégia e tática.

3 passos, recorrentes e corriqueiramente citados nas mais variadas disciplinas e em especial nas publicações voltadas às modernas doutrinas militares, parecem não ter escapado aos “arquitetos” da nova fase em curso no GDF. Homem que entendeu perfeitamente “onde se queria chegar”, contribuiu nas articulações do “como fazer para chegar”, e o mais importante, está ajudando a gestão a fazer “por onde entregar”, o secretário de Governo José Humberto, declarou à uma das equipes as premissas do “plano mestre” da administração, durante este giro: “fizemos um plano de governo factível. Ambicioso, é verdade, mas exequível, de modo que pudéssemos garantir que tudo o que nele estivesse previsto, seria executado. Para isto nós criamos um sistema de acompanhamento, com cronologia e metas. Temos tudo monitorado, com planilhas onde constam todos os projetos, obras que estão ocorrendo, tudo atualizado em todos os estágios, em todas as fases”, avaliou o também bem-sucedido executivo do setor supermercadista, não por acaso, um segmento de atividade que não perdoa deslizes. Se por um lado, o secretário registrou uma boa alternativa sobre como proceder, por outro, foi taxativo sobre o que não se fazer em termos de gestão, relembrando o começo da trajetória da atual administração: “nos deparamos em uma situação complicada, no primeiro mandato do governador Ibaneis, por que os recursos eram muitos escassos e havia muito poucos projetos à disposição. Ora, o governo inerte, que não tem perspectiva, não gera expectativa, e também não motiva as pessoas responsáveis a assumirem uma posição de ação para fazer as coisas acontecerem. Cria-se por tanto um clima de estagnação, de pouca produtividade na gestão”, explicou, com o conhecimento e a experiência de quem visualizou, em meio a cenários pouco claros, as alternativas mais acertadas.


A nova fronteira da mobilidade

Dentro dos novos contextos do Transporte e mobilidade no DF, ainda que a tradicional utilização do automóvel continue em grande evidência, um novo viés de integração, de ofertas e inclusão de novas alternativas, está sendo considerada dentro do mix de soluções que o GDF tem procurado disponibilizar. De fato, não apenas a convergência e utilização inteligente de modais como Bus Rapid Transit (BRT), a ampliação do Metrô e das ciclovias, está sendo levada em conta, como também, novos arranjos para trazer estas novas possibilidades de uma forma mais célere e eficiente, como explica o Secretário de estado de Mobilidade, engenheiro Flávio Murilo Prates, à frente da SEMOB, logo ao assumir a pasta: “Obviamente, novas demandas vão surgir e nós vamos dar continuidade no sentido de entregar o melhor transporte público e mobilidade para a população do Distrito Federal. O governador Ibaneis Rocha orientou para darmos atenção às PPPs porque são projetos importantes e necessários para a mobilidade do DF”, pontuou. Especificamente no já consolidado modal coletivo sobre pneus, tão presente nas grandes cidades brasileiras, o secretário afirmou “das cinco áreas operacionais, foram renovadas as frotas de três concessionárias. A renovação da frota continua em andamento, as empresas estão adquirindo novos veículos e também estamos trabalhando para a ampliação da frota nas áreas onde houve expansão urbana. Houve um aumento do público nos ônibus e nós temos que ampliar a frota”. Já sobre as tão necessárias “infraestruturas de apoio” à estes onipresentes veículos, ele indicou: “Nós pretendemos que os abrigos sejam universalizados, que não fique ponto sem abrigo de passageiros. E as construções e reformas de terminais também irão continuar”, finalizou.


Primeira linha

Certamente figurando entre as principais instituições que estão promovendo a verdadeira “reconfiguração” ou “requalificação” ou mesmo a “readequação” (ou todos esses conceitos juntos) o Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), é destaque em uma miríade de trabalhos em curso ou sendo inaugurados pela gestão, muitos deles emblemáticos, históricos e que despertam grande interesse tanto entre a “crítica” quanto entre o “público”. Desde as rodovias mais distantes, à segmentos viários no coração do plano piloto, implantando dispositivos, obras de arte especiais e mesmo, preparando pistas para os que vivem de correr (e também pedalar), a logo com letreiro azul e o traçado em preto, artisticamente ondulado à esquerda, constituem uma visão quase onipresente quando nos deparamos com as placas nos sites de obra. Esta atuação em várias frentes, desafiadora por natureza, também, a exemplo da alta gestão do governo, em uma personalidade diligente e que dispõe, além de grande conhecimento, de um time de altíssima capacidade técnica. Desta forma, não surpreende que, ao buscarmos a origem da vertiginosa capacidade executiva que o Departamento tem demonstrado, encontrarmos já no presidente do DER-DF, o engenheiro Fauzi Nacfur Junior, um dos motivos para tantas e tão sortidas atividades no âmbito do rodoviarismo do Distrito Federal. Sem esconder a empolgação diante dos ótimos tempos vividos pela autarquia, ele declarou à uma de nossas equipes “Neste momento, estamos em fase de execução e entrega dessas obras. E nós temos muita consciência de que esta é uma trajetória que foi iniciada há 63 anos atrás, pelas mãos e os esforços de grandes pioneiros que formaram a casa. Então, de certa forma, é muito gratificante nós estarmos tendo a condição de, não apenas cuidar do patrimônio que nos foi confiado, mas também melhorá-lo, ampliá-lo”, avaliou o também presidente da Associação Brasileira dos Departamentos de Estaduais de Estradas de Rodagem (ABDER), cuja entrevista completa, o leitor também pode conferir nesta edição. Dono de um perfil exigente, que encontra ecos tanto em seus pares de Governo do DF, quanto em sua equipe do DER-DF, ele sintetiza em uma palavra, a essência do trabalho que ele e sua equipe tem realizado, como se fosse uma assinatura: “qualidade”. Um pouco antes, mencionamos o “sortimento” de ações nas quais o Departamento de Estradas de Rodagem está inserido. E neste sentido, quem nos ajuda a ter uma compreensão mais adequada desta “diversidade de ecossistemas de engenharia” em que o

DER-DF está inserido, é o também engenheiro Cristiano Alves Cavalcante, à frente da Superintendência de Obras (SUOBRAS) da autarquia: “Nós estamos trabalhando em todas as áreas do DF. Urbana, rural e com todo o tipo de obra, seja pavimentação, manutenção, conservação, tanto de vias já pavimentadas quanto em leito natural, construção de pontes, viadutos incluindo até mesmo a reforma do Autódromo, que ocorre, a exemplo de muitos outros trabalhos desenvolvidos pelo DER-DF, por administração direta, com equipamentos próprios e pessoal próprio. É uma obra que demanda um altíssimo grau de controle tecnológico e precisão. Um ciclo que se fecha, uma vez que a própria instituição o construiu”, afirmou o superintendente. “Fomos justamente chamados por termos uma grande – e justificada – reputação de expertise técnico para realizar e um corpo de profissionais muito apurado, que está entregando o trabalho dentro de parâmetros de performance requeridos, esse que é um empreendimento singular, com muitas particularidades e até mesmo traço de CBUQ específico, polimerizado. É uma engenharia mais refinada, sofisticada, minuciosa. Mas é uma obra que está sendo um grande aprendizado para o Departamento, uma vez que estamos contando com suporte de pessoas e consultorias diretamente ligadas ao automobilismo, tanto em nível nacional quanto internacional”, explicou. Mas como nem só de velocidade vivem as pessoas, perguntado sobre qual seria, em sua opinião, um dos mais significativos trabalhos em curso sendo executados pelo DER-DF, o superintendente não hesita: “A estrutural que está sendo executada em Whitetopping, é também, além de ser uma grande obra, um grande empreendimento, que beneficiará com sua conclusão, mais de 100 mil pessoas, é também um bom exemplo da diversificação técnica com a qual o DER-DF consegue atuar, com muita desenvoltura”, avaliou.




0 visualização0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page