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Força e Técnica - CAPA • DER-DF – Esteio rodoviário


Força e Técnica

Dono de sua história, dono de si, e um singular caso dentre as autarquias estaduais dedicadas à administração rodoviária, o Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), é muito mais do que se espera de um organismo com características similares à sua.


Polivalente, multifuncional, mas ainda assim firmemente arraigado a seus propósitos originais e atividades fim que o definiram, 6 décadas e 3 anos atrás, o Departamento também é uma prova viva de uma lei natural que inevitavelmente surge no pensamento de quem tem a oportunidade de conhecê-lo, em detalhes, como Rodovias&Vias pôde conhecer: a sobrevivência (no caso a permanência da relevância no ecossistema da administração pública), somente privilegia o mais apto. E claro, por apto, é necessário apontar a significância dos conceitos que o moldam (e também representam com perfeita adequação, o perfil de seu funcionalismo): capaz, idôneo, hábil.

Fundado menos de dois meses após a inauguração da capital que nasceu para servir, a trajetória do DER-DF se confunde de forma literal e proverbial com os próprios caminhos do Distrito Federal. E quantos caminhos. Colocando em perspectiva, a autarquia tem, em uma relativamente pequena área de 5,8 mil Km², o seguinte inventário, de acordo com a mais recente revisão realizada no chamado “Sistema Rodoviário do Distrito Federal” ou SRDF: malha total de 1.902,5 km, com 1.072,4 km de Rodovias Pavimentadas, 770,2 km de Rodovias Não Pavimentadas, 103,7 km de Pistas Marginais e Vias do BRT, mais 77,7 km de rodovias Planejadas. Tudo isso, distribuído entre seus 5 Distritos Rodoviários, que, de forma análoga a outros departamentos, correspondem à “Divisões Regionais”, ou “Diretorias Regionais”. Um sistema ponderável que sozinho, é quase o dobro da malha concessionada de Portugal (1014 Km, de acordo com dados da IP, Infraestruturas de Portugal). Comparações à parte o Departamento constitui uma casa multidisciplinar, com um tipo de caráter inequívoco: “O DER-DF é como uma família. Se isto puder ser entendido, fica mais fácil compreender como é que ele funciona. Existe uma sinergia, um senso de complementaridade solidário, que além de tornar o nosso ambiente de trabalho mais amistoso, mais agradável, indiscutivelmente contribui – e muito – para que a nossa prestação de serviços tenha um bom nível de eficiência”, avalia o atual presidente do DER-DF, Fauzi Nacfur Junior, pela segunda oportunidade, à frente da instituição. Difícil de mensurar, fácil de constatar. Este valor não previsto em estatuto, mas ainda assim tremendamente presente, e que permeia as relações entre os diversos setores de atuação da autarquia, bem como baliza suas interações com o público geral, é um amálgama que fica evidente também nas percepções de outros profissionais que integram seu quadro, como o leitor poderá conferir ao longo desta reportagem de Rodovias&Vias, que na verdade está mais para um “Grand Tour” de visitas técnicas, conversas e pormenores do dia a dia de pessoas que trabalham (e recebem, sempre com cordialidade e um bom cafezinho) a todos de portas abertas. Uma experiência que mostra a disposição, a vontade e a competência de uma equipe que detém a grande responsabilidade de constituir um elemento fundamental dentro da estratégia definida pelo atual Governo do Distrito Federal, de ampliar e assegurar, por meio da infraestrutura, da segurança, da qualidade e da fluidez, um novo ciclo de progresso e desenvolvimento para a população que representa, especialmente neste momento em que a gestão obteve êxito em promover uma série histórica de obras, sem paralelos nas últimas décadas.


SUOBRAS - Superintendência de Obras

DNA EM OBRAS

Área mais próxima ao que se presume, seja o core business de um Departamento de Rodagem, a Superintendência de Obras do DER-DF, em termos práticos, é uma extensão preponderante para o bom funcionamento da instituição especialmente quando se leva em conta a parte física propriamente dita, da atuação. Chefiada pelo engenheiro Cristiano Alves Cavalcante, o setor basicamente responde pelo planejamento, organização, coordenação, acompanhamento, controle e avaliação da execução de obras de construção, conservação e melhoramento das rodovias do DF sob jurisdição do DER-DF. “Nós estamos presentes em todos os trabalhos onde o DER-DF atua. Incluindo a verdadeira quebra de paradigma que o departamento encampou, que é a construção em Whitetopping de um segmento que somadas as duas pistas, tem 26 km de extensão, que é a via estrutural. Aqui nós tínhamos experiências com esta tecnologia, mais voltadas à faixas de ônibus, mas em uma aplicação desta natureza, é a primeira vez”, avaliou o superintendente, que apontou ainda, outras vantagens do expediente: “o primeiro, foi a custo eficiência, que devido ao contexto atual, ficou bem próximo do CBUQ. O segundo, foi a questão da maior durabilidade, que é praticamente o dobro do pavimento flexível e tem comparativamente uma exigência de manutenção menor. Tudo isso se traduz em menos intervenções necessárias, que geram menos retenções no tráfego, menos transtornos e menos exposição a riscos das nossas equipes de manutenção. Então, por este motivo, acredito que a Estrutural irá abrir o caminho para que outras obras similares aconteçam no DF”, estimou.


Atuação estratégica

Dentre os outros grandes destaques que ele tem sob a sua tutela, o superintendente Cristiano aponta ainda “a reconstrução, em termos práticos, do ‘Pistão Sul’, uma obra que o DER-DF conseguiu realizar em um ambiente muito desafiador, com muita circulação de veículos. São 10 Km de um trabalho que atende a uma demanda que existia há mais de 20 anos”, explicou. “Lá, além da reconstrução, também estamos fazendo a ciclovia, no canteiro Central. Ciclovia aliás é um modal em que o DER-DF tem investido muito, o que também constitui uma outra quebra de paradigma importante e atualmente, uma das grandes atuações do DER-DF”. Questionado acerca da grande capacidade executiva que o departamento tem demonstrado, de forma muito consistente, o superintendente Cristiano revelou: “Um fato muito importante – e nós temos participado de muitos congressos e seminários a respeito disso – é a gestão de nossa faixa de domínio, que atualmente é 100% inventariada, criteriosamente controlada e com todos os elementos cadastrados. E isso facilita muito na hora de nos planejarmos para fazer as obras. É uma estrutura muito boa, dentro de um sistema, com constante fiscalização”, explicou. “As pavimentações em áreas rurais também têm sido um ponto forte do DER-DF, como estamos fazendo, por exemplo na DF-220, que está recebendo cerca de 15 Km de asfalto, e fará a ligação entre a BR-080 em direção à Brazlândia, para o Norte, conectando também a BR-020 que vai ao Nordeste, servindo com um anel viário, capaz de agilizar o tráfego de passagem sem a necessidade de misturá-lo ao tráfego local, contribuindo também para o escoamento da produção local de hortifrutigranjeiros, que é bastante pujante. Da mesma forma, estamos tratando da DF-131, que possui características similares”, comentou o superintendente, que ainda acrescentou: “Estas intervenções em áreas rurais, também contam com uma programação que privilegia o acesso às escolas rurais, dentro de um escopo que o GDF definiu como ‘Caminho das Escolas’, onde também estamos atuando fortemente”. Por fim, em áreas mais centrais, o superintendente aponta intervenções e construções importantes em Obras de Arte Especiais: “Estamos com 6 viadutos em andamento, ou quase finalizados. O do Recanto das Emas, o Comper, o do Riacho Fundo, ESAF, Noroeste e o do Itapoã, sem contar alguns outros que já estão autorizados, possuem recursos disponíveis, e somente não foram iniciados, por pura impossibilidade, por conta dos prejuízos que as obras trariam ao tráfego da cidade como um todo”. Por fim, o superintendente destaca uma característica “quase em extinção” entre os órgãos rodoviários públicos, que cada vez mais assumem um papel fiscalizador: “Além dessas grandes obras que são realizadas por meio de contratos, existe uma grande quantidade de obras menores que o DER-DF realiza por administração direta, utilizando os equipamentos e a mão de obra própria disponíveis nos nossos Distritos Rodoviários. Retornos, rotatórias, pavimentações mais curtas, essas pequenas intervenções que possuem um grande alcance social, estão diretamente sob nossos cuidados. E isso nos dá essa condição de atender muito rapidamente as demandas que chegam para nós. Essa estrutura própria, de pronto atendimento, possui um outro efeito colateral que é muito desejável: dispensa o expediente de estabelecer contratos emergenciais, uma vez que nós conseguimos responder às situações que representem riscos às infraestruturas, de imediato”.


SUAFIN - Superintendência Administrativa e Financeira

Voz da experiência

Para fazer girar suave a bem azeitada máquina constituída pelo DER-DF, nada mais elementar do que uma boa gestão dos recursos financeiros, realizada com uma visão equilibrada, típica e comum a qualquer empresa ou empreendimento que se queira sustentável. Justamente cuidando desta área que é responsável por “planejar, dirigir, coordenar e supervisionar as atividades relacionadas com as áreas administrativa, orçamentária e financeira do DER/DF, compreendendo os sistemas de administração geral, pessoal, material, patrimônio, orçamento, contabilidade, finanças e serviços gerais”, o engenheiro Carlos Geraldo Caixeta Cruz, é o homem à frente da “inteligência financeira” que permite o bom funcionamento da casa. “O DER-DF tem hoje uma representatividade muito forte no GDF. É um órgão que tem um funcionalismo bastante enxuto, e que vem sendo cada vez mais demandado, justamente por ter uma grande capacidade de entrega. E é aí que entra a nossa função na SUAFIN, que é suprir e atender os diversos atores do próprio DER-DF, para que eles possam desempenhar bem suas funções. Ainda que os recursos cheguem, a própria natureza do ambiente da construção pesada, exige uma atenção muito grande, pois mesmo que muitos insumos sejam tabelados, existem flutuações importantes que ocorrem no mercado, como por exemplo, em um passado recente, as verificadas nos materiais betuminosos, que representam, uma parcela ponderável dos custos envolvidos em obras como as que fazemos. E tudo isso requer ajustes que precisam ser feitos rapidamente, mas dentro de um horizonte mais amplo, de um planejamento orçamentário anual. E isto por si só é um desafio”, esclareceu o superintendente. “Claro, além dessas alterações pontuais, nós temos que olhar para o dia a dia, os pagamentos das prestações de serviço continuadas, o nosso custeio, dentro de uma forma planejada”. Sobre as fontes de arrecadação, o superintendente explica: “Atualmente nós temos 3 principais fontes: a 237, que são oriundas de multas de trânsito e que têm aplicação específica, para atividades de trânsito e algumas atividades de engenharia, incluindo manutenção de maquinário, sinalização, compra do próprio CBUQ, equipamentos, EPI’s entre outros. A outra fonte de receita, é proveniente da alocação de espaços públicos dentro da nossa faixa de domínio, coisas como quiosques e empreendimentos dessa natureza. É a fonte 220, que responde por uma parcela até pequena, que nós utilizamos mais para a manutenção, mas dentro de uma aplicabilidade mais livre. Já a terceira se dá pela fonte 100, que não é arrecadação, mas é um repasse do GDF que nós utilizamos para nosso funcionalismo, conservação e manutenção tanto administrativas quanto rodoviárias propriamente ditas, incluindo o parque de veículos e equipamentos e mesmo a nossa fábrica de placas”, explicou. “Existem outras fontes, mas que estão relacionadas a financiamentos de grandes obras, via convênios estabelecidos pelo GDF com instituições financiadoras e outras esferas, como o governo Federal, além de emendas parlamentares. Mas, deixando bem claro, todas estas são utilizadas apenas para investimentos em grandes empreendimentos”, finalizou.


SUTRAN - Superintendência de Trânsito

Indo e vindo infinito

A gestão e a engenharia de tráfego, bem como o reforço à fiscalização, constituem atribuições importantes conferidas ao DER-DF, e que são o fiel da balança para a própria segurança viária no Distrito Federal. Precisamente nesta seara tão sensível, o experiente superintendente, engenheiro Elcy Ozorio dos Santos, zela, junto à sua equipe da Superintendência, que conta com um Centro de Controle Operacional Integrado (CCOI) moderno e completo, pelo cumprimento da legislação e das normas de trânsito, estabelecendo diretrizes para planejar, projetar, regulamentar e operar com segurança e fluidez, todo o ecossistema de tráfego do DF, promovendo e participando ainda, de projetos e programas de educação para o trânsito. “Esta é a mais nova das Superintendências, formada em 2005. Uma função que era vinculada até então à Superintendência Técnica (STEC), mas que devido às concepções e entendimentos mais modernos e atualizados, passou a ter suas disciplinas tratadas de forma mais individualizada e especializada”, explicou o superintendente, demonstrando, indiretamente o pioneirismo do Departamento em relação a uma tendência cada vez mais presente nas instituições congêneres, de reunirem pessoal dedicado e qualificado para esta atividade específica. “A fluidez é uma característica muito presente no DF. E qualquer alteração deste contexto, já indica uma solicitação ou uma inconformidade para a qual temos que estar sempre muito atentos. Claro, ao longo do tempo, a complexidade, com o aumento de veículos e da própria população, constitui um desafio, por que as vias acabam tendo suas características modificadas, por exemplo, passando de trechos que eram mais próximos à condições de estrada mesmo, para avenidas, ou memos rodovias com características mais próximas de avenidas”. Para tal, o esforço de controle e fiscalização é compartilhado com empresas contratadas, para a implantação de barreiras eletrônicas e os controladores de velocidade, para a tarefa de monitoramento, junto às câmeras e demais equipamentos do aparato do próprio DER-DF, em um contrato de locação, cuja operação (e possíveis autuações) são realizadas por pessoal do Departamento. “Qualquer ocorrência detectada, portanto, é rapidamente avaliada e, em caso de necessidade, já reportada e encaminhada para as equipes de campo que procedem aos primeiros tratamentos de segurança cabíveis e mesmo, acionando outras instituições como Polícia, corpo de Bombeiros, dentro de protocolos que temos já bem estabelecidos”, detalhou. “Toda essa agilidade, é necessária para que durante o gerenciamento e tratamento de uma situação, não haja a criação de outros pontos adicionais de possíveis risco além daquele que está sendo atendido”. Outra faceta da atuação da SUTRAN, bastante marcante, por sinal, são as reversões de faixa, costumeiramente operadas pelo DER-DF. “Pelas características pendulares do nosso trânsito em determinados horários, nós fazemos esse processo de reversão de faixas, para ampliar a capacidade de vazão. Notadamente, este expediente é realizado inclusive – via acordo de cooperação com o DNIT e PRF - na BR-070. Esta reversão ocorre também em outras vias, como a

DF-001, na estrutural, que é a inversão mais antiga que nós fazemos, e nós temos obtido bons resultados por meio delas”. Ainda, de acordo com o superintendente Elcy, paralelamente a esta constante busca por mais fluidez, resultou na adoção de um sistema semafórico inovador que está em fase de implantação em alguns pontos do DF (com objetivo de chegar à todo parque semafórico sob jurisdição da autarquia como veremos em mais detalhes adiante): Por meio de semáforos inteligentes, que possuem câmeras de contagem de veículos, e cujo objetivo é determinar a temporização de abertura dos sinais presentes nos cruzamentos, de acordo com o volume verificado. “Esta é uma superintendência que é um desafio constante, não só pela sua rotina, mas por conta da necessidade de constante aperfeiçoamento do ponto de vista dos equipamentos e modernas práticas para o manejo seguro de trânsito, que evoluem diariamente. Naturalmente, isto também implica em um investimento constante na qualificação do nosso pessoal, para oferecermos à eles todos os recursos necessários para que possam ter sua melhor performance. A parte positiva disso, é que estamos sendo constantemente estimulados a melhorar e isso nos motiva muito”.


Modernização semafórica

Calçado em moderna tecnologia e uma gestão inteligente, o novo paradigma de semaforização e controle de tráfego em andamento do DF, está apoiado na contratação de empresas capazes de implementar o que de mais moderno existe disponível no mercado em termos de gestão de tráfego em tempo real. “É com esse objetivo, de dominar e atuar no tema, que o DER-DF realizou a contratação de empresa especializada para modernização dos equipamentos semafóricos e a execução de serviços de implantação, operação, manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos semafóricos operados pelo órgão. A Sinales – Sinalização Espírito Santo LTDA., em parceria com a empresa provedora de tecnologia para cidades inteligentes Atman Systems, fornece equipamentos preparados em sua concepção para atuar na gestão de tráfego em tempo real. O Controlador Semafórico NEO+, com a sólida base de dados adquiridos através de analíticos de vídeo em câmeras de detecção, adapta a temporização de todo parque semafórico para uma eficiente mobilidade da população. A segurança e inclusão estão presentes com a atuação das Botoeiras Sonoras nas travessias de pedestres e o emprego dos Nobreaks, que garantem o pleno funcionamento do cruzamento em situação de queda de fornecimento, além de contribuir para a maior vida útil dos equipamentos. Toda a modernização é gerenciada remotamente na central de controle de tráfego Attlas, assegurando a visibilidade completa do parque semafórico, a eficiência na coordenação das interseções e a rapidez em qualquer intervenção necessária em campo.” explicam representantes da Sinales. O guarda-chuva tecnológico trazido pelas empresas está em fase de implantação e ampliação, com planos de chegar a uma cobertura de 100% dois principais cruzamentos do viário.


Educação no Trânsito

Nascida da preocupação de criar uma “cultura de trânsito”, a “Escola Vivencial de Trânsito” (ou simplesmente “Transitolândia”, como esta reportagem irá explorar em maiores detalhes mais à frente) faz parte do tripé dos esforços da SUTRAN, estando subordinada à Diretoria de Educação no Trânsito: “É um espaço onde as crianças aprendem brincando, a respeitar a sinalização e os comportamentos adequados de convivência no trânsito. Um espaço que conta com transporte, alimentação e material fornecido gratuitamente às turmas das escolas, incluindo noções, não apenas de trânsito, mas de sustentabilidade e cidadania também. Ali nós formamos os nossos pequenos multiplicadores, que acabam cobrando dos próprios pais, uma condução mais responsável e conforme. E claro, futuramente, eles mesmos se tornam motoristas mais responsáveis”, afirmou o Superintendente Elcy.


SUOPER - Superintendência de Operações

Potência industrial

Detendo a parte de sinalização viária (fabricação de placas, aplicação de sinalização horizontal e vertical regulamentar e de endereçamento, tanto por administração direta quanto por contratos), incluindo também uma parcela de pavimentação, por meio de usina de asfalto própria (utilizada para as demandas de pequenos reparos e pavimentações menos extensas), acumulando ainda o controle das Faixas de domínio, bem como a manutenção de veículos e equipamentos, a Superintendência de Operações, chefiada pelo engenheiro Murilo de Melo Santos, é um setor extremamente singular na composição do DER-DF, quando comparado à outras instituições análogas nas diversas esferas do rodoviarismo brasileiro. “É interessante notar que esta é uma superintendência, quase ‘auto-sustentável’. Por meio da receita oriunda das locações, espaços publicitários e do gerenciamento realizado na própria Faixa de Domínio, são captados os recursos que nós utilizamos para tocar a atividade e o parque fabril que temos aqui. Isso nos dá autonomia, ao mesmo tempo em que alivia a gestão do próprio GDF, para atender outras áreas de interesse, como educação e saúde”. Falando especificamente sobre a moderna e eficiente fábrica de placas já referida, ela é capaz de entregar todos os formatos requeridos de sinalização (incluindo todas as placas de endereçamento, não apenas de Brasília, como das 35 cidades do Distrito Federal). “Uma peculiaridade nossa, é que existe um Plano Diretor de Sinalização, que temos que seguir rigorosamente. Ele passou por algumas atualizações desde sua concepção em 1978, e deve passar por mais uma em 2024. Enfim, estamos falando aqui de um universo de mais de 50 mil placas, que estão passando por um processo de georreferenciamento, para que tenhamos uma noção mais apurada das que constituem nosso inventário”, disse o superintendente, que ainda revelou que as placas de endereçamento, tão características do Distrito Federal, na verdade são consideradas um ícone de design moderno, tendo sido concebidas para harmonizar com as características arquitetônicas de Brasília e tendo tido inclusive, exemplares enviados ao MoMA (Museum of Modern Art of New York). “Quanto à sinalização e segurança viária, mais em termos tecnológicos, um outro diferencial que nós temos aqui, como temos espaço próprio, é a questão da apresentação de novas tecnologias, por parte das empresas parceiras. Temos a possibilidade, por exemplo, de testarmos trechos experimentais aqui na SUOPER, bem como aferir e validar a qualidade dos materiais que estão sendo fornecidos para nós. Avançando pela parte de manutenção veicular e de equipamentos, trata-se de um parque de cerca de 800 unidades, as quais temos condições de atender, quase por completo. A única coisa que nós não fazemos nas nossas oficinas, são as retíficas de motores mais pesadas”. Na verdade, esta expertise que extrapola a engenharia civil e segue em direção à engenharia mecânica, trouxe ainda uma contribuição inusitada e não prevista, em um outro aspecto do DER-DF: a memória do próprio departamento, uma vez que é nas próprias oficinas da SUOPER que é realizada a reforma das máquinas, veículos e equipamentos que irão (de fato, algumas já estão) compor o acervo do Museu do DER-DF (um tema que será melhor explorado mais adiante nesta reportagem), com grande rigor técnico e respeito ao máximo possível de características originais desses itens históricos.


SUOPER - Superintendência de Operações

Vanguarda como rotina

Com uma atuação mais voltada ao planejamento físico urbano, aos estudos, anteprojetos e projetos rodoviários, orçamento, licenciamentos, acompanhamentos de obras, de controle tecnológico e às pesquisas de caráter técnico-científico, orientadas para as áreas de arquitetura e engenharia civil a superintendência Técnica, liderada pelo engenheiro Plínio Fabrício Mendonça Fragassi, é um setor que promove um impressionante pareamento entre conhecimento acadêmico e aplicação prática, que beneficia diretamente não apenas o Departamento, mas também toda a comunidade de pesquisa especializada na área construtiva voltada às superestruturas rodoviárias. “Nós temos, além de um corpo técnico de alta qualificação, uma estrutura dedicada que dificilmente encontra similares, mesmo em termos nacionais. Inserido nesta estrutura, sem dúvida o grande destaque é o nosso laboratório, que é uma referência importante em termos de Brasil, por que é dotado de equipamentos de ponta, capazes de realizar ensaios de naturezas como triaxial e de dimensionamento de pavimentos, que não encontram pares em outras instituições. Tanto, que nós estabelecemos convênios desde Polícia Civil à Universidade de Brasília, para que estes estudiosos, profissionais e mesmo mestrandos e doutorandos, possam, utilizá-lo”, explicou o superintendente. “É claro, ele é logicamente utilizado pelos nossos próprios técnicos que são muito avançados”. Além deste aspecto, a SUTEC, desenvolveu, ou está desenvolvendo os Sistemas de gerenciamento das infraestruturas sob responsabilidade do DER-DF. “Até por uma questão de eficiência e melhor aproveitamento de recursos, estamos investindo bastante nestes sistemas de gerenciamento, que irão monitorar obras de Arte Especiais, Pavimentos, realizar os diagnósticos de uma maneira mais completa, já indicando os tratamentos adequados, e contribuindo para que nós tenhamos mais acurácia na tomada de decisões. Na verdade, todos estes sistemas estão sendo concebidos para que possam ser integrados à outras plataformas, como por exemplo, a BIM (Buiding Information Management). Evidentemente, uma iniciativa desta natureza traz benefícios também à outra atribuição nossa, que é trazer um grau mais preciso para quando nós temos que elaborar os orçamentos para as licitações, até por que todas elas saem da nossa superintendência”, detalhou. Por sinal, a SUTEC foi instrumental no sucesso – entre o extenso rol de sucessos do DER-DF, do programa “Caminho das Escolas”. “Nós fizemos toda a parte de anteprojetos, projetos básicos, licenciamentos e projetos executivos, como fazemos com todas as obras nossas, independentemente do tamanho, para todas as 35 escolas que já foram contempladas até o momento. Já estamos com tudo pronto para “pôr na rua” as outras 43, e temos a intenção de, em um futuro próximo atender 100% das nossas escolas rurais com acessos pavimentados, sinalizados, dentro de um bom padrão técnico, condizente com o que se espera de um trabalho feito pelo DER-DF”, explicou o engenheiro, para quem “É um prazer trabalhar no DER-DF. E digo isso com a experiência de quem veio de uma carreira de 20 anos na iniciativa privada. O Departamento é uma família, de verdade. Aqui, nós temos pessoas resolvedoras, muito capazes, e que são mais do que colegas de trabalho, se tornaram amigos. Chama atenção que todos dividem esse compromisso em comum, de fazer o melhor possível pela nossa sociedade”, finalizou.


Atuação nas pontas um giro pelos Distritos Rodoviários do DER-DF


1ºDistrito Rodoviário

Sob o comando do engenheiro Kênio Márcio Avelar, o 1º Distrito, está localizado em um setor mais rural. De acordo com o diretor Kênio, “Estamos atendendo à duas regiões administrativas, atuando muito em manutenção de rodovias em leito natural, visando muito a adequação delas às necessidades da logística produtiva da região. Temos, além das conservações das VC’s (Vicinais), com cascalhamento e patrolamento praticamente o ano todo, uma atuação muito forte na DF-100 e na DF-250, já pavimentada. Além de termos atuado em outras obras que originalmente não estavam sob nossa jurisdição, como a programação do Caminho das Escolas, e mesmo os estacionamentos destas instituições de ensino”. Ainda, segundo Kênio, o DER-DF, por questões de melhor performance logística, irá, a exemplo de outros Distritos, receber um NuPav – um Núcleo de Pavimentação para melhor atender às demandas, uma vez que, de acordo com o engenheiro, é muito comum que demandas populares cheguem diretamente aos Distritos. Entusiasta da profissão e do Departamento que representa, ele declara: “A minha vida é o DER-DF. Uma família rodoviária. Acho que todos os servidores amam estar aqui. É muito recompensador poder atender à comunidade da forma como podemos atender, e com o apoio total dos nosso presidente e dos nossos superintendentes”.


2ºDistrito Rodoviário

Sob o comando do seu diretor, engenheiro Geraldo Jacinto da Silva Filho, o 2º Distrito atua em uma área primariamente (mas não exclusivamente) de características bastante urbanizadas. “Estamos trabalhando muito fortemente nas regiões administrativas, especialmente por conta do advento das obras de administração direta do DER-DF, que é um expediente que antes não ocorria, mas que é uma característica da gestão Ibaneis. São afinal, as vias mais movimentadas, pois estão inseridas em sua maioria dentro do próprio Eixo Piloto”, explicou o diretor. “Um dos maiores desafios que enfrentamos, foram as intervenções realizadas no Pistão Sul, que sem sombra de dúvida é uma das regiões mais adensadas de Brasília, com a presença maciça de escolas, restaurantes e comércios. Foi um momento muito desafiador que conseguimos superar”, relembrou. Sob a égide do 2º Distrito, estão também as emblemáticas obras do Autódromo Internacional Nelson Piquet. “Estamos trabalhando com a execução da obra do autódromo, e posso dizer que a parte de Terraplanagem, não tem muito segredo. Porém a parte de capa, com traço de CBUQ específico, exigirá um acompanhamento técnico do pessoal dos consultores especialistas da FIA. Ela possui inclusive, alguns aspectos de aplicação e mesmo de tempo de cura, que exigem um tipo de cuidado diferenciado. Além disso, são redobrados os cuidados quanto às emendas transversais, que além de terem que ser desencontradas, não podem ocorrer em curva. E aí se faz necessário o chamado ‘Projeto de Pano’, que leva em conta essa característica”, comentou o diretor.


3ºDistrito Rodoviário

Sob o comando do seu diretor, engenheiro Jarbas Alessandro Martins da Silva, o 3º Distrito atua em praticamente ¼ do viário total da malha do DF, em uma área que engloba 20 Regiões administrativas. “A maioria da malha por nós contemplada é pavimentada, cerca de 90 a 95%, com poucas em leito natural. Atualmente estamos em uma atuação conjunta com a administração Regional do Gama e Recanto das Emas, na região da Ponte Alta Norte, em 3 ruas que trarão conforto para cerca de 15 a 20 mil pessoas, em que pese sejam intervenções relativamente pequenas e que originalmente não estavam sob nossa jurisdição, sendo feitas por administração direta. São obras de muito apelo social”, avalia o diretor. A exemplo de outros Distritos, o 3º possui um forte enfoque não apenas na área de pavimentação, mas executa também plantio, e execução de obras de drenagem, de acordo com o engenheiro, que também é fiscal das obras na Via Estrutural, que não faz parte deste distrito. “A estrutural é uma obra inovadora, executada em Whitetopping, que traz uma nova perspectiva em termos do DER-DF, por conta da maior vida útil e da diminuta necessidade da promoção frequente de manutenções corretivas. Claro, é uma diminuição significativa dos custos de manutenção”. Sobre a casa em que atua há mais de 12 anos, ele é categórico: “Trabalhar no DER-DF é uma grande satisfação. É um Departamento em que independente do setor, você encontra profissionais que são dotados de muita qualificação e um excelente nível de experiência, conhecem muito bem o que estão fazendo”.


4ºDistrito Rodoviário

Sob o comando de sua nova diretora, a engenheira Keila Regina Bento de Oliveira Pereira, (que por ter aceitado o desafio, “Fez história” no DER-DF, ao se tornar a primeira diretora de Distrito Rodoviária de todos os tempos na Instituição), o 4º Distrito atua em uma vasta região, de características essencialmente rurais, com poucos, mas extensos trechos de rodovias pavimentadas. “Temos perspectivas excelentes, por que temos um pessoal muito empenhado e que não tem medo de trabalhar pesado. Sendo assim, eu espero poder responder à toda esta confiança que foi depositada em mim, desempenhando o meu melhor para estar à altura desta instituição que tanto nos orgulha”, declarou a diretora, que também é professora e possui um retrospecto invejável de atuações em empresas de engenharia e obras pesadas do quilate de VALEC e Metrô-DF. “Espero poder trazer um ambiente de uma troca muito franca de aprendizados e experiências. Acredito que realmente seremos capazes de somar forças e performar da melhor maneira possível no nosso trabalho daqui para frente, que aliás, será uma grande responsabilidade, pois este é um Distrito que funcionou sempre muito bem, já desde a época em que nosso presidente Fauzi trabalhava por aqui”, afirmou com entusiasmo.


5ºDistrito Rodoviário

Sob o comando do seu diretor, engenheiro Eli Câmara, o 5º Distrito atua em várias rodovias na região de Brazlândia e Ceilândia, com a maior parte do trabalho sendo realizado em áreas de características rurais. “É uma região de intensa produção, notadamente de morango e goiaba. Então nós atuamos muito nos melhoramentos necessários para o escoamento dessa produção. Também temos atuado bastante na programação do ‘Caminho das Escolas’, pavimentando os acessos. Também estamos trabalhando muito sob demanda, que incluem acessos à localidades, alças para viadutos e mesmo, algumas vias internas”. Com 13 anos de DER-DF, o diretor, que foi chefe do famoso Laboratório do DER-DF, atuando também como executor de contratos em outras grandes obras em outros distritos. “O momento do DER-DF é um momento muito intenso. É uma felicidade, vermos que estamos fazendo trabalhos que o Departamento não fazia antes, com muita qualidade. Acredito que é uma instituição que tem apresentado muitas respostas para a população. A ponto de ouvirmos deles mesmos que existe sempre uma boa expectativa quando o DER-DF chega para executar algum trabalho, algo como ‘Ah, agora que o DER chegou, a obra vai pra frente’ e coisas desse tipo”, relata o diretor. “Então, nós somos muito bem vistos pela sociedade”.


A persistência da memória

Em meio ao momento histórico atravessado pelo DER-DF, que reencontrou e potencializou sua vocação para entregar progresso, também surge, por inciativa de integrantes do próprio Departamento, um resgate da trajetória da autarquia desde sua fundação até os dias de hoje. Por meio de um minucioso trabalho de curadoria, associado à um “Plano museológico”, a instituição concebeu e está desenvolvendo o Museu Histórico, Artístico e Científico do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (MuDER), em um processo que irá progredir em 3 etapas distintas.


Educação, cultura e história. Elementos tão caros e tão intimamente associados à identidade de pessoas, instituições e mesmo nações. Estruturas de um perfil, que ao mesmo tempo define e dialoga com representações e significados que muitas vezes são intangíveis, mas que ainda assim estão presentes. Ainda que possua a sua face física, um museu, essencialmente é uma conexão com o imaterial, um tempo pretérito, com as narrativas que conduzem enfim ao presente, fornecendo ainda uma possibilidade de espiar pela janela, um possível futuro. Desta forma, é louvável o esforço empreendido pelo DER-DF na cuidadosa preservação de sua história, pois além do devido valor atribuído aos pioneiros e protagonistas do passado, denota o respeito que as gerações atuais e vindouras devem ter pelos que, ao ousar, construíram legados. Para melhor compreender a incrível jornada ao qual o Departamento se lança neste sentido, Rodovias&Vias teve a oportunidade de conversar com os artífices e responsáveis por tocar em frente este formidável trabalho que, pode e deve ser tomado como uma iniciativa a ser replicada por outras instituições, até por uma questão de honrar a grandiosa história do rodoviarismo e da engenharia construtiva brasileira. À frente dos trabalhos, como presidente da Comissão Organizadora do MuDER, o coordenador de Planejamento do DER-DF, e também secretário Geral da ABDER, engenheiro Maurício Marques, explica: “A ideia de se fazer um museu do DER-DF, não é uma ideia exatamente nova. Ela já existia há algum tempo. E é preciso pôr em perspectiva, que o Departamento ‘nasce’ apenas 2 meses após a inauguração da cidade. Portanto, é uma história que se confunde com a de Brasília e do Distrito Federal. Então, a ideia é reter e resgatar a linda história que o Departamento tem com a capital e as cidades do seu entorno. Mais do que abrir as vias, cuidar do viário, o DER-DF também teve participação na entrega de equipamentos importantes, como o próprio Autódromo. Um desafio que à época, não tinha paralelos para nós, até por que o Departamento não tinha esse expertise, de modo que, conversando com as pessoas que trabalharam àquela época, como o engenheiro Cláudio Starling, que foi o 4º presidente do Departamento, de 1968 a 1974 – ano da entrega do autódromo – nós pudemos compilar algumas histórias pitorescas, como a que ele nos contou, que, pelo fato de o governador ter manifestado a vontade de realizar essa obra, foi enviada à Argentina, que era uma grande potência do automobilismo Sul-americano, para conversar com os especialistas de lá e, enfim, iniciar a concepção do que deveria ser feito aqui, com uma boa base”, relembrou o coordenador. “Vale citar, que o projetista do traçado, foi o competente engenheiro Samuel Dias, que realizou uma pesquisa, visitando ainda muitos outros traçados emblemáticos, como Monza, entre outros, em um resultado final muito elogiado por grandes pilotos, como o próprio Nelson Piquet. Aliás, um fato curioso, é que a concepção, de uma pista longa de mais de 5 mil metros, evoluindo dentro de si mesma, ocupa relativamente pouco espaço, o que permitiu a instalação dele precisamente no centro da rede hoteleira”, explicou o arquiteto da Sede do MuDER, vice presidente da Comissão Organizadora e técnico da Coordenação de Planejamento e Captação – COPLAN, Jorge Luís Miranda Nazaré. “O museu, portanto, é um sonho”, prosseguiu o coordenador Maurício Marques “ E que começa a tomar forma em 2019, mas por conta da Pandemia do Coronavírus, em meio à tantas incertezas, acabou entrando novamente em uma dormência, até voltar com força, em 2022. E neste momento, em que a ideia do Museu é retomada, nós precisamos registrar o grande apoio que tivemos da nossa alta gestão, o respaldo do nosso presidente Fauzi e o entusiasmo dos nossos superintendentes, que abraçaram a ideia. E, para colocá-la em prática, nós a segmentamos em 3 fases: a primeira, chamada ‘Museu à Céu aberto”, consiste na exposição, à entrada dos Distritos Rodoviários, do Parque Rodoviário e da própria Sede, de equipamentos da instituição, reformados e restaurados por nosso próprio pessoal. E é interessante registrar que foram as próprias pessoas que trabalham nestas seções do departamento, que votaram para escolher a peça a ser exposta. Esta primeira fase, então, já está em andamento. A segunda parte, já é um ambiente fechado, onde ficarão em exposição os documentos, fotos históricas, e mesmo algumas imagens aéreas de mais de 40 anos do DF. Também haverá a oportunidade de os visitantes acessarem materiais audiovisuais, dentro de temas à escolha”, explicou o coordenador, que ainda detalhou que toda a parte de curadoria e metodológica para a concepção das exposições e o ordenamento do acervo e conteúdo, contou com a participação de professores e especialistas do Instituto Brasileiro de Museus, IBRAM que forneceram orientações de grande valia para que o trabalho resultante fosse de alta qualidade e categoria. “Foi contratada inclusive uma consultoria específica, a SOS DOCS, que disponibilizou pessoal dedicado para trabalhar internamente aqui conosco, como o museólogo Gustavo Lopes, que integra a Comissão organizadora do MuDER, junto à outros participantes que são do nosso próprio quadro funcional”, comentou o engenheiro Maurício, que avalia que a entrega desta segunda fase, deve coincidir com as comemorações dos 64 anos do DER-DF. “Esta fase 2, que é uma instalação de transição, ficará lá no Parque Rodoviário, bem próximo à nossa Transitolândia, para que nós tenhamos condições de oferecer uma experiência mais completa para as crianças e os visitantes em geral”, afirmou o coordenador, que prossegui, detalhando o 3º momento desse projeto: “Esta fase, é um sonho mais alto, que também já começa a tomar forma, que é, a construção da sede definitiva do Museu, projetada pelo nosso arquiteto Jorge Luís Miranda Nazaré, vice presidente da Comissão Organizadora e servidor do DER-DF na COPLAN – Coordenação de Planejamento e Captação. Nós já conseguimos inclusive a definição da área em que esta edificação arrojada poderá ser erigida”. De acordo com o próprio arquiteto, Jorge Nazaré, “A sede definitiva do MuDER, foi concebida como um prédio em 3 pavimentos, com um pé direito triplo ao centro, onde poderá ficar exposta uma máquina, por exemplo, e um átrio aberto, dentro de um conceito de arquitetura tropical, que permite boa circulação de ar, e a entrada de luz”, explicou, comentando ainda que o edifício contará com dois auditórios, 3 salas de exposição, oficina, sala para acervo técnico entre outras facilidades. “Cada fase foi orçada. E nós estamos recorrendo muito à sensibilidade dos nossos parlamentares em designarem verbas para que tenhamos condições de investir neste projeto. É um apoio fundamental”, finalizou o coordenador.


Educação fundamental

Famosa, marcante, orgulho do DER-DF e prodigiosa em resultados, a Escola Vivencial de Trânsito do Departamento, é o núcleo lúdico do conhecimento que salva vidas, na fase de formação do caráter das pessoas. Totalmente voltada para os pequenos – e por que não – os futuros cidadãos e motoristas responsáveis, a Transitolândia, como é mais carinhosamente conhecida, ela é uma aposta no amanhã, que nunca falha em iluminar o DF.


Recebendo tanto escolas particulares quanto instituições de ensino públicas do Distrito Federal, a Transitolândia é uma iniciativa de grande sucesso do DER-DF no sentido de não desprezar o potencial multiplicador das crianças, enquanto o elo paradoxalmente mais frágil e potencialmente mais valioso de todo o ecossistema de trânsito. Uma história iniciada há 20 anos e que constitui uma referência inclusive para instituições de outros Estados. “A ideia central, é que independentemente da idade, as pessoas todas, estão integradas ao trânsito, e quanto antes elas tiverem o acesso à bons exemplos, bons comportamentos e boas condutas, como observar e obedecer a sinalização, utilizar o cinto de segurança e manterem-se atentas, mais vidas têm a possibilidade de ser salvas, pois afinal, cria-se uma cultura de trânsito mais positiva” avalia Adhemar Filho, gerente de Campanhas Educativas do DER-DF. “Um dos materiais mais interessantes que nós temos, dentre os vários materiais que nós fornecemos, está um talonário de multas, bastante simplificado, claro, que as crianças levam para casa. É uma experiência divertida, e que já vimos acontecer diversas vezes, é que as próprias crianças, quando percebem que os Pais estão cometendo infrações, preenchem e entregam a multa para eles. Então, sem exagero, nós podemos ver que o posto mais avançado de fiscalização do DER-DF, está diretamente nas casas da própria população, por intermédio das crianças”, comentou o gerente. Indo mais à fundo no conteúdo programático, Afonso Dutra, Gerente da Escola Vivencial de Trânsito detalha: “Didaticamente falando, primeiro nós recebemos as crianças em nosso teatro, onde é apresentada uma peça contextualizada, com situações de trânsito do dia a dia. Uma primeira parte, digamos mais teórica, com materiais de apoio e etc. Terminada esta apresentação, é servido o lanche e por fim, parte-se para a parte prática, na cidade miniaturizada, com os carrinhos, os semáforos e sinalizações. Daí a expressão ‘vivencial’, pois é de fato uma experiência real, onde a criança pode vivenciar, com segurança, em ambiente controlado e orientada, a rotina de trânsito, pondo em prática – de forma quase imediata – tudo o que ela aprendeu durante as apresentações anteriores”, explicou. Responsável por esta e outras iniciativas educacionais promovidas pela instituição – que inclui abordagens e cursos educacionais com os próprios servidores do Departamento - Graziela Portela, diretora de Educação de Trânsito do DER-DF, afirmou: “O DER-DF teve uma facilidade para implantar esse projeto, com espaço adequado e uma estrutura excelente, por que afinal, ele é um órgão executor. E a Transitolândia, por princípio, tem uma maneira de funcionar muito interessante, por que, como o DER-DF tem, obrigatoriamente que empregar a receita de arrecadação de fiscalização, das multas e autuações, em campanhas educativas, esses recursos acabam sendo direcionados para a manutenção do espaço da escola, para o funcionamento dos ônibus que trazem as turmas até aqui, dos lanches são servidos às crianças. Então, é correto dizer que são os próprios infratores de trânsito que estão indiretamente financiando novas gerações de condutores mais responsáveis e conscientes”. É importante registrar que toda esta bela iniciativa, e que justificadamente é um dos grandes destaques na atuação do DER-DF, conta com um criterioso suporte pedagógico, realizado por profissionais altamente qualificados e que se dedicam à disciplina, constituindo o Núcleo Pedagógico. Muito concorridas e com agendamentos feitos antecipadamente, as escolas que tenham interesse em promover esta experiência diferenciada para os seus alunos, podem buscar maiores informações e cadastrarem-se gratuitamente no site: transitolandia.der.df.gov.br/agendamento-das-escolas/ e realizarem o agendamento por meio de login e senha na área https://acesso-escolas.der.df.gov.br, segue o QR Code.

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