Maior inovação dos últimos anos quanto à mobilidade urbana em termos nacionais (alguns apontam mesmo em nível global), a pioneira proposta da “faixa azul”, exclusiva para motos, gestada e concebida nas entranhas da Companhia de Engenharia de Tráfego – CET, é um destes trabalhos de imenso potencial e resultados que afinal é entregue por um conjunto de mãos dedicadas a alcançar um objetivo.
Nos bastidores do desenvolvimento, um verdadeiro exército de técnicos, profissionais e especialistas da iniciativa privada, foi corresponsável pelo êxito que vem sendo verificado, inicialmente na primeira implantação na Avenida 23 de Maio e subsequentemente, no sucesso que vem sendo acompanhado, com mais desafios incorporados, na Avenida dos Bandeirantes, ao somar a força de suas habilidades à credibilidade das marcas que representam, em uma história que Rodovias&Vias revela em primeira mão, a partir de agora. Existe a máxima de que a história e os fatos que a compõem, possuem diversos prismas sob os quais se pode interpretá-los. Também, existe entre os historiadores, esses investigadores do tempo, o que se chama de “fontes primárias”, isto é, aquelas que efetivamente são contemporâneas e presenciaram o objeto do estudo em questão, normalmente, comprovadas desta maneira, por meio de registros diversos, desde textos, até ilustrações. Entre este rol preciosamente específico de fontes primárias, são consideradas extremamente válidas também, citações e relatos de agentes que tomaram parte direta no acontecido. Desta forma, a mais impactante inovação em termos de sinalização viária e segurança de tráfego, a Faixa Azul, desenvolvida para motociclistas, além dos seus já amplamente divulgados artífices da esfera do poder público, contou com a importantíssima participação de integrantes que figuram na primeira linha da indústria do segmento de insumos e equipamentos de segurança viária e com os quais tivemos a oportunidade de conversar. Empresas como a INDUTIL, liderança incontestável no segmento de materiais para demarcação viária, e que “contribui para a mitigação dos sinistros de trânsito”, ao fornecer, como disse Alberto Gadioli, diretor Geral da Indutil “materiais de alta performance, que proporcionam aos motoristas uma direção segura”, e em cujo portfolio, podemos encontrar “produtos de alta qualidade, para soluções especificas para melhorar a segurança e o conforto dos usuários de rodovias, cidades, ciclovias e nos aeroportos”. Foi ele, inclusive, quem explicou para Rodovias&Vias de que forma se deu o start da participação, não apenas da INDUTIL, como veremos, mas de outras empresas do grupo neste processo. Perguntado sobre a formação de uma equipe específica, ele afirmou: “A INDUTIL possui no seu parque industrial laboratórios equipados com instrumentos de última geração, para medições e formulações específicas, além de possuir no seu quadro de colaboradores especialistas no desenvolvimento de soluções integradas e personalizadas. Podemos citar como exemplo no projeto-piloto “Faixa Azul”, que foi desenvolvido em parceria com a Secretaria de Mobilidade e Trânsito/Companhia de Engenharia de Tráfego-CET, além de profissionais da INDUTIL, times das empresas Sinalisa Segurança Viária Ltda e Bandeirantes Sinais Viários Ltda”, resumiu. De acordo com Hélio Moreira, diretor Institucional da Indutil “A CET elaborou, através de uma feliz oportunidade e ideia, o projeto denominado ‘Faixa Azul’, com o proposito que os motociclistas pudessem usar a faixa com a segurança necessária. Para tanto teria que ter uma boa visibilidade, atrair atenção do motorista e transmitir uma mensagem simples e inequívoca. A cor azul foi escolhida pela CET para proporcionar o contraste necessário, mas o material teria que ter ótima durabilidade e estabilidade da cor e ser antiderrapante, tudo para termos um corredor exclusivo seguro para motos”.
O TOM DE AZUL
Especialmente desenvolvida pela INDUTIL, a tonalidade única de azul utilizada na Faixa, que proporciona alto contraste em todas as situações, em si só representa um avanço importante, como detalha o experiente executivo: “Essas especificações técnicas são fruto de um intenso trabalho de campo que, acima de tudo, visa aumentar a visibilidade da sinalização e, consequentemente, a segurança viária. A visibilidade diurna da sinalização depende em grande parte do adequado contraste com o pavimento e, por isso, é importante especificar adequadamente as coordenadas de cromaticidade e a luminância. A tonalidade foi desenvolvida para dar contraste e ter uma excelente visibilidade, mas também para se diferenciar das tonalidades utilizadas na demarcação de deficientes e idosos”, declarou, acrescentando ainda: “Devemos lembrar que conseguimos visualizar os objetos porque estes refletem parte luz incidente e que a cor percebida depende da fração da luz que é refletida. Como exemplo, sabe-se que a cor branca reflete aproximadamente 85% da luz incidente, já a cor preta reflete menos do que 1% da luz incidente (HOPKINSONS-1975). Estes valores podem variar bastante dependendo do tipo da superfície analisada e, no caso da sinalização horizontal, precisamos também assegurar que o contraste entre o pavimento e a demarcação seja sufi ciente para assegurar a adequada visualização e interpretação”. De nome comercial INDUCOLD, O produto proporciona além da visibilidade superior, mais segurança aos motociclistas, devido a sua característica antiderrapantes, que se dá aos agregados minerais presentes na tinta. Ainda segundo ele “Vamos incentivar o uso em mais projetos com o mesmo conceito. Queremos reduzir cada vez mais os sinistros de trânsitos com metas, e expandir o corredor para além da cidade de São Paulo”, disse.
SÍMBOLO DE UM NOVO CONCEITO
Marco histórico para a trafegabilidade e a segurança na maior cidade do país, o diretor Hélio Moreira, sintetiza o significado que a participação na “Faixa Azul” representa para a empresa: “Um projeto desse tamanho, com essa importância, se encaixa perfeitamente no nosso proposito que é salvar vidas. Para nós da Indutil é um grande passo para um trânsito mais seguro e acolhedor, sendo para nós símbolo que demonstra a importância de continuarmos investindo em tecnologia, que, aos poucos, estamos reduzindo cada vez mais a mortalidade nas rodovias e vias, fazendo com que nosso trabalho seja reconhecido e de grande importância para o Brasil e a sociedade. Não é à toa que somos responsáveis pelas tecnologias – com serviços em resinas – acrílicas e de materiais termoplásticos que foram, por nós, introduzidos no país”, finalizou o diretor Hélio.
AGENTES DE UMA INFLEXÃO
Com mais de 50 anos de experiência de atuação em obras de Segurança Viária, a Sinalisa convive diariamente com os mais complexos desafios propiciados pelo variado portfólio de atuação. De acordo com Rodrigo Martire, diretor da Sinalisa, a companhia tem um amplo histórico de serviços, que a credenciou de forma bastante confortável para participar no projeto Faixa Azul: “Concessionárias de rodovias, estradas de grande porte estaduais, obras portuárias e grandes cidades, como é o caso de São Paulo, fazem parte do cotidiano. Tal gabarito técnico, adquirido ao longo dos anos, permite traçar a estratégia de atuação da forma mais assertiva possível, de acordo com o objetivo do projeto”, registrou o executivo, que adicionou: “Nossa engenharia e equipe técnica, compostas em sua maioria por colaboradores com mais de 30 anos de casa, possuem completo entendimento da filosofia de trabalho. Todo projeto, após ter sua estratégia definida, requer atenção especial de nossa empresa. Além dos treinamentos técnicos e de capacitação, realizados frequentemente, existe um cuidado e preparação específica para toda equipe antes do início de cada obra”, avaliou o diretor Martire, que revelou uma vocação importante da empresa, bastante familiarizada com projetos especiais: “Com tanto tempo de experiência no mercado de Segurança Viária, a Sinalisa já atendeu diversos tipos de clientes e escopos de serviço. Em destaque temos Concessionárias de Rodovias, órgãos públicos, tendo sido o BR-LEGAL um marco histórico para nossa empresa pois elaboramos o projeto básico e executivo das rodovias que prestamos serviços, visualizando a diversidade de situações que os pavimentos apresentam”.
Com tantos elementos novos, e mesmo a novidade da concepção em si, a companhia não passou por surpresas quanto à participação no projeto, algo creditado tanto ao critério na preparação quanto ao expertise adquirido: “A Sinalisa já trabalha com as tachas metálicas e a pintura em metilmetacrilato há mais de 15 anos, sempre visando a aquisição de material com fornecedores que prezem pela qualidade e que tenha a mesma filosofia da nossa empresa. Como se trata de um projeto especial, que ressalta a segurança do motociclista através da utilização da Faixa Azul exclusiva, a cor azul precisa ser destacada. Desta forma, criamos a pintura em metilmetacrilato com a cor azul, bem como a tacha metálica com lente refletiva também de cor azul. Esta solução nos possibilitou atender a demanda da forma mais assertiva possível, cumprindo com os propósitos deste projeto. A Sinalisa está a todo momento buscando novas tecnologias para sinalização viária. Tais como termoplásticos com efeito sonorizador, materiais de sinalização antiderrapantes, metilmetacrilato, termoplásticos de alta performance, entre outros. Para essas aplicações específi cas, a Sinalisa possui maquinários modernos e equipe técnica que conhece os conceitos e projeta uma sinalização excepcional e segura”, garantiu o diretor, que ainda opinou: “Um projeto dessa magnitude, impacta não apenas o ramo de Sinalização e Segurança viária, mas também tem refl exos positivos na sociedade. Diminuir o número de mortes no trânsito e a segurança do usuário é a nossa principal e maior missão. A criação de um projeto que serve tão bem a este propósito pode ser considerado um marco, um enorme passo para um trânsito mais seguro. Cria-se um enorme legado após a participação em algo tão importante, que visa a segurança daqueles que precisam se locomover através de motos, com investimento em novas tecnologias e inovação, estar sempre atento às necessidades e demandas de nossos clientes, sempre, signifi ca ir atrás de conhecimento e ser assertivo no emprego de nossas técnicas, dentre outras coisas que levaremos para sempre em nossa bagagem”, disse.
PIONEIRISMO ATÉ NO NOME
Reconhecida como uma empresa tecnologicamente alinhada e vanguardista, o projeto “Faixa Azul” teve uma recepção excelente por parte da Bandeirantes, também um ator importante dentro do processo que assegurou – e vem assegurando – o sucesso nas implantações até o momento. Segundo José Prozzi, gestor da Bandeirantes, o projeto foi visto como uma excelente oportunidade de oferecermos ao nosso cliente uma solução completa em termos de segurança viária e apelo tecnológico. A tacha metálica, já consagrada no mercado como um produto sustentável e de alta tecnologia, desta vez, sendo confeccionada com a lente azul, criando um destaque ainda maior para a faixa”. Especificamente falando do mais novo destaque no “universo” da Faixa Azul, as tachas metálicas, ele detalha: “A Bandeirantes já tem grande potencial de investimento em tecnologia e inovação para suprir as mais diversas demandas de nossos clientes. Fizemos apenas algumas adaptações e melhorias em nossa linha de produtos para que pudéssemos atender da melhor forma possível um projeto desta importância”. Ainda, de acordo com ele “A introdução da tacha metálica e alumínio reúne inúmeras vantagens, como exemplo a garantia do corpo por 5 anos sem precisar remove-lo, tendo como atenuante do preço a possibilidade de apenas trocar a lente refletiva quando essa perder seu efeito de visibilidade. A Bandeirantes adquiriu e tem longa experiência na produção de tachas metálicas. O produto está há mais de 13 anos em sua linha de produção e antes de seu lançamento foram quase 10 anos de pesquisas e investimentos para que pudéssemos lançar o melhor produto possível. Em seu projeto foram pensados detalhes como a posição da lente refletiva, para que a luz seja retrorrefletiva em um ângulo otimizado e a altura da parte exposta do corpo da tacha, que também foi pensada, além de um pino de fixação adequado para seu desempenho para que não comprometa a segurança do usuário, principalmente dos motociclistas.”. Afirmou gestor. Para Pozzi, ainda, “Como uma empresa do Grupo Eritram, a Bandeirantes visa sempre a participação em projetos onde a Segurança Viária. Esta é a filosofi a do grupo como um todo e não foi diferente neste momento. A Faixa Azul foi estudada e projetada pela CET, Companhia de Engenharia de Trafego por pelos gestores capacitados, seu sucesso e efetividade são fruto de um incrível trabalho. Fazer parte de tudo isso, com certeza é motivo de muito orgulho”. A faixa na cor azul foi criada em um corredor que já está hoje identificado pelo trânsito de São Paulo, finalizou o gestor.
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